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Cambuci costumava ser uma árvore abundante na cidade de São Paulo. Tão abundante que deu nome a um dos bairros mais conhecidos da capital paulista e que, por muito pouco, não ficou como única lembrança do que antes foi um emblema da nossa Mata Atlântica.

Como a árvore tem madeira muito boa e resistente, o cambuci foi minguando aos poucos, sendo usado na cultura extrativista que pautou grande parte da nossa história. Assim, o fruto, verde-amarelo e ligeiramente azedo, com um sabor característico que muitos definem como limão misturado com jabuticaba, quase entrou em extinção.

Mas, com um esforço conjunto foi possível salvar a planta. Hoje, o cambuci já é plantado novamente pelo estado. Seu fruto começa a ser novamente provado pelos paulistas e não só na forma de aguardente (o cachaça curtida com cambuci era muito consumida por índios e tropeiros). O azedinho do cambuci pode ser usado em licores, geleias, sorvetes, mousses, biscoitos, molhos e recheios para doces e salgados. Por aqui, a chef Priscilla Herrera usa a fruta em pratos sazonais.

Com o renascimento do cambuci, símbolo do regaste da mata nativa, foram criadas rotas gastronômicas e turística, que passa por Juquitiba, São Lourenço da Serra, São Paulo, Mogi das Cruzes, Bertioga, Salesópolis, Paraibuna, Natividade da Serra e Caraguatatuba.

Dá para saber mais sobre o assunto aqui.